segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Natália e Débora garantem vaga no taekwondo de Pequim

CALI (Colômbia) - As taekwondistas Débora Nunes e Natália Falavigna garantiram a classificação brasileira aos Jogos Olímpicos de Pequim-2008 nas categorias até 57kg e acima dos 67kg, respectivamente, com a medalha de ouro no Pré-olímpico Pan-americano, encerrado neste domingo em Cali. Entre as atletas até 57kg, Débora Nunes derrotou a norte-americana Diana Lopez na decisão. A terceira classificada foi a colombiana Doris Patiño, que superou a costarriquenha Mónica Salas. Na categoria acima de 67kg, domínio total da ex-campeã mundial Natalia Falavigna, que despachou a surpresa equatoriana Lorena Benítez na decisão do ouro. Derrotada pela brasileira logo na estréia, a venezuela Adriana Carmona, medalha de bronze em Atenas-2004, garantiu a terceira vaga com vitória sobre a cubana Mirna Echevarria. No sábado, Márcio Wenceslau já havia garantido a classificação brasileira na categoria até 58kg. Desta forma, a equipe brasileira em Pequim-2008 terá o mesmo número de Atenas-2004, quanto Natália Falavigna, Diogo Silva e Marcel Wenceslau defenderam as cores verde e amarela.
Masculino
Até 58kg
1 - Marcio Wenceslau (BRA)
2 - Guillermo Pérez (MEX)
3 - Gabriel Mercedes (DOM)
Feminino
Até 57kg
1 - Debora Nunes (BRA)
2 - Diana López (EUA)
3 - Doris Patiño (COL)
Acima de 67kg
1 - Natalia Falavigna (BRA)
2 - Lorena Aida Benitez (EQU)
3 - Adriana Carmona (VEN)

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Fotos "Jogos Abertos do Interior - Praia Grande"

Brazil Open

OBS: Fotos cedidas pela colaboradora Marylia e pelo colaborador "Falcão"!! Obrigada!
xD

domingo, 14 de outubro de 2007

NATÁLIA FALAVIGNA

*Como luta esta menina

Guerreira e sempre gentil

Falo de Natália Falavigna

Musa do taekwondo no Brasil.

*Quem conhece não se engana

E fala com muito orgulho,

O quanto ela é bacana

De sua fama não faz barulho.

*Sua beleza incontestável

Em simpatia nem se fala

Sua agilidade memorável,

Até parece que nada lhe abala.

*Sim, é um ser humano,

Também tem o direito de falhar,

Pensar contrário a isso seria leviano,

Por ela estou a advogar.

*Esta poesia é um elogio,

Mas também é uma confirmação

Porque taekwondo é um desafio,

Tem que ter competência e muita ação.

*Sua página ela já escreveu,

Todo povo brasileiro é seu fã

Tudo que conquistou ela mereceu

Valeu, muito obrigado campeã.

Elacir Falcão de Mello

22 de setembro de 2007

você pode usar esta poesia,mas nunca esqueça de divulgar sua autoria.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Receita de uma campeã

Movida pela fé e pela dedicação, esta jovem atleta coleciona medalhas e fez do sonho uma carreira reconhecida mundialmente Campeã Mundial Júnior aos 16 anos – com apenas 2 anos de treino –, Campeã Mundial Adulta aos 21 anos, 4ª colocada nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004: esta é Natália Falavigna Silva, a primeira brasileira campeã mundial de TaekwonDo. Esta paranaense, que se interessou pelo TaekwonDo ainda na adolescência ao assistir um treino numa academia perto do prédio onde mora, desde criança desejava ser expoente em alguma modalidade esportiva. Seu destino era brilhar, não importasse o esporte que escolhesse. Primeira atleta a conquistar uma medalha de ouro em Campeonatos Mundiais, tanto na categoria juvenil como na adulta, Natália coleciona medalhas obtidas em quase todos os eventos internacionais de que participou em 7 anos de carreira esportiva. Dona de uma força de vontade incomum e de um perfeccionismo muito evidente, Natália é intensa em tudo que faz. Um simples treinamento é encarado pela atleta como uma verdadeira competição, e é assim que ela se aperfeiçoa para tornar-se a primeira brasileira campeã olímpica de TaekwonDo. Em entrevista concedida à Revista TaekwonDo, Natália revela os detalhes da projeção da carreira de uma campeã mundial. Revista TaekwonDo: Como aconteceu sua iniciação no TaekwonDo? Natália Falavigna: Bem, desde muito pequena eu queria ser campeã mundial em algum esporte, mas ainda não sabia qual realmente, até que certo dia, quando eu tinha 14 anos, fui com uma colega assistir a um treino em uma academia que ficava a 20 metros do prédio onde moro. Vi e gostei, e fui correndo falar com a minha mãe. Lembro muito bem deste dia, era um dia meio chuvoso, fui pra casa, sentei-me perto dela e disse que já sabia o que eu queria fazer na vida. Ela ficou meio assustada com aquele ar de seriedade que eu fazia, mas perguntou o que seria. Disse que queria ser campeã mundial de TaekwonDo. Ela ficou meio espantada a princípio. Minha mãe sempre foi muito religiosa e me falou que era para eu utilizar isto sempre como uma forma positiva de influenciar as pessoas, que eu fosse um instrumento para transmitir coisas boas para as pessoas. No dia seguinte estava matriculada na Academia Pequeno Tigre, em Londrina. RT: Tudo na vida tem seus prós e contras. Ser campeã do mundo também deve ter seus lados negativos. Isto atrapalhou você em alguma coisa, tirou sua liberdade em algumas ocasiões, o assédio, por exemplo? NF: O assédio não chega a incomodar, as pessoas se aproximam de uma forma educada. É gratificante ser reconhecida pelas minhas conquistas, ainda mais na minha cidade. Percebo que aonde vou as pessoas me reconhecem, me incentivam, vêm pedir autógrafos. Nas competições vêm tirar fotos comigo. Acho isso tudo muito legal! Poder servir de espelho de uma forma positiva é muito gratificante. Além do mais procuro não me expor muito. Sempre fui muito caseira, nunca fui de festas, gosto de estar com minha família, meus pais, em casa. RT: O que mudou da Natália campeã mundial júnior para a Natália campeã mundial adulta? NF: Acho que houve um amadurecimento natural. A Natália campeã mundial júnior tinha o sonho de ser a melhor, não melhor que as outras pessoas e, sim, melhor do que ela mesma podia ser. A Natália campeã do mundo em 2005 continua a mesma, querendo cada vez mais se superar como pessoa e atleta e alcançar o próximo objetivo, que é ser campeã olímpica. A diferença entre as Natálias é que hoje sou uma atleta profissional, tenho uma equipe multidisciplinar que me auxilia e que está o tempo todo comigo. RT: Durante a sua carreira competitiva, há algum momento mais importante que você possa ressaltar? NF: Absolutamente todos os momentos, positivos ou negativos, foram importantes e colaboraram para o meu crescimento pessoal e como atleta. Porém há um em especial que eu poderia destacar, foi, digamos, o início de tudo e onde meu desejo de ser campeã mundial se fortaleceu ainda mais. Foi a primeira vez em que viajei para o exterior, somente 2 anos após ter iniciado meus treinamentos, para o Campeonato Mundial Júnior, em 2000, em Killarney, Irlanda. Ali, ao conquistar a medalha de ouro e estar no ponto mais alto do pódio, tive a convicção de que era possível, e que eu conseguiria ser campeã mundial adulta. Na noite anterior eu fui para o meu quarto sozinha e lá orei e chorei muito, pedi a Deus que me desse forças no dia seguinte e que acontecesse a vontade dele. E Ele me atendeu. Esta foi uma viagem, sobretudo, muito agradável. Todos os atletas tinham os mesmos sonhos e objetivos em seus corações. Os membros da comissão técnica não mediram esforços para atender todas as nossas necessidades. Enfim, guardo aqueles momentos com grande carinho. RT: Por falar em objetivos, quais são seus próximos objetivos e com quantos anos você pretende encerrar a carreira competitiva? NF: Bem, tenho objetivos a curto, médio e longo prazo. Só para se ter uma idéia, os Jogos Olímpicos são um objetivo a curto prazo. Enquanto muitos atletas estão preocupados só com esta olimpíada, eu penso em ser atleta por um longo tempo, desde que haja uma estrutura profissional, com pessoas competentes e com objetivos em comum. Quero ser bi, tri-campeã mundial, quero participar dos Jogos Olímpicos de 2012, 2016, enfim, enquanto me sentir competitiva e tiver condições, quero competir, de repente aos 30 anos, se eu me sentir bem, quero estar lutando. RT: Então vamos torcer para que você consiga lutar até os 60 anos. Porém, quando você sentir que é hora de parar realmente, o que você pretende fazer na sua vida? NF: Apesar de pensar em competir por um longo tempo, já tenho algumas coisas em mente. É lógico que tudo vai depender do que eu fizer hoje. Penso em, talvez, ser uma empresária na área esportiva. Mas isso ainda é prematuro afirmar, quero lutar muito ainda, conquistar muitos títulos para o meu país. RT: Nossas vidas não são construídas só de bons momentos. Os maus momentos também acontecem. Durante a sua carreira, houve momentos em que você pensou em desistir de tudo, abandonar o TaekwonDo? NF: É verdade, os maus momentos também estão presentes nas nossas vidas, mas isso é bom, nos fortalece e ajuda a valorizar os bons momentos. Em 2003 passei por uma fase difícil na minha carreira esportiva. Foi uma fase depressiva, comecei a pensar que não conseguiria, enfim, pensei em abandonar o TaekwonDo e mudar de modalidade. Como eu havia praticado tênis durante a infância e tinha certa afinidade, pensei em retornar a este esporte. Cheguei até em procurar lugar para treinar em São Paulo, com os grandes treinadores. RT: Ainda bem que você mudou de idéia, mas o que te levou a retomar seus objetivos iniciais? NF: Muitas pessoas me ajudaram naquele momento. Fico até com receio de citar nomes, pois poderei me esquecer de alguém, mas agradeço desde já as pessoas que estiveram ao meu lado. Uma figura muito importante nesta fase foi o meu preparador físico, Raymundo (Ray), e também sua esposa, Andréia. Todos os dias me ligavam para perguntar se estava tudo bem, se eu estava precisando de algo. Depois, também fui a um treinamento em Caeté-MG, já totalmente desacreditada do TaekwonDo e com a idéia fixa de mudar de esporte. Lá tive uma conversa muito aberta com um dos técnicos da seleção, que hoje em dia atua em outra função. Mas foi esta conversa, que na verdade foi uma grande “dura”, que me fez voltar aos meus objetivos. Lembro que ele foi muito duro comigo, me fez chorar muito, durante 20 minutos ele falou sem parar e depois disto virou as costas e foi embora. Comecei a andar meio sem destino, ainda chorando muito, até que fui parar numa parte alta da cidade, me sentei e fiquei olhando para baixo lembrando de tudo que eu já havia passado. Voltei para o treino da tarde, ele me colocou para lutar com um dos atletas e pediu que ele lutasse sério comigo. Lutei durante 24 minutos sem parar. Por várias vezes pensei em pedir para parar, mas agüentei até o final e percebi que era aquilo que me motivava, a capacidade de me superar era uma coisa que me motivava, era aquilo que eu amava de verdade, e foi aí que eu me decidi a manter e perseguir meus objetivos, e acabei conseguindo. Depois disso escrevi a ele, agradecendo por aquele dia, e entendi o que ele quis fazer comigo. As vezes acho que ele me conhecia mais do que eu mesma. RT: Natália, você está cursando Educação Física, você pretende se especializar em alguma área? NF: Bem, na verdade eu quero me formar em pelo menos duas faculdades. Educação Física porque eu gosto e está ligado ao que faço. Gostaria de estudar também algo além de esportes, como Relações Públicas ou Administração. Quero ter uma visão mais ampla das coisas.E depois quero continuar estudando, fazer pós-graduação, doutorado. RT: É difícil para você conciliar os horários de treino com os horários da faculdade? NF: Acho que com um bom planejamento a gente consegue realizar muita coisa. Eu me programo o máximo possível. No dia anterior eu já estou separando todas as roupas que usarei no dia seguinte, e olha que não são poucas. É roupa do dia-a-dia, roupa de ir para a faculdade e roupa suficiente para 3 treinos. Eu acordo às 7h, tomo o café da manhã e às 9h faço meu primeiro treino, até as 10h30; às 11h vou para a fisioterapia; almoço geralmente às 13h, e depois tenho até as 14h30 livre para ir ao banco pagar contas, etc.; às 15h treino pela segunda vez; e às 17h tenho treino físico. Chego em casa às 18h30, como alguma coisa e vou para a faculdade; chego de volta às 23h30, como alguma coisa e vou dormir. No dia seguinte começa tudo de novo. RT: Você, que já chegou lá (ser campeã mundial), que conselho daria para aquelas que também pretendem chegar aonde você chegou? NF: Treinar, treinar e depois treinar mais, sobretudo com muita fé, com a certeza de que vai ser campeã. Se tiver de treinar de dia, de noite, de madrugada, treine! E na hora que você estiver frente a frente com as melhores pense que elas são pessoas como qualquer outra.

REVISTA TAEKWONDO No 1/2006

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

ASSIM VEJO O TAEKWONDO
Sou atleta e amante deste esporte
Garra, agilidade e muita ação.
No Brasil do sul ao norte
Cada momento nasce um campeão
No tkd, prezamos a disciplina.
Muito suor e treinamento
Guerra de nervos se abomina
A paz queremos todo momento
Não pregamos inimizade
No coração queremos o amor
A cada evento muita amizade
Princípio que damos valor
A academia é extensão de nossa casa,
Onde somos verdadeira família,
Onde a alegria extravasa,
Nosso refúgio, nossa ilha.
O taekwondo não tem idade
Nem etnia, nem religião.
Não há lugar pra vaidade,
Olhamos todos como irmãos
Quer conhecer um valente
No taekwondo você verá
Nossa direção sempre é à frente,
Para trás nunca tornará
Elacir Falcão de Mello
18 de setembro de 2007
19 horas e 36 minutos

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Seminário de taekwondo na Academia Foz do Iguaçu!

A FOTO JÁ DIZ TUDO!!!
Fotos gentilmente cedidas por Falcão, proprietário do site www.foztkd.com

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"A ROMÁRIO VAI À LUTA..."

Personalidade forte, extrema confiança no próprio potencial, treinos diferentes em relação à equipe e grandes títulos na carreira.
A descrição poderia servir para o artilheiro Romário, mas a personagem em questão é campeã mundial em outra modalidade. Principal atleta brasileira da história do taekwondo, a paranaense Natália Falavigna, 23 anos, ambiciona conquistar mais uma medalha para a sua coleção: o ouro no Pan. "Natália questiona os treinamentos, não gosta de concentração, quer saber por que tem de fazer esse ou aquele exercício. Sempre digo que ela é o nosso Romário", conta Marcelino Barros, vice-presidente técnico da Confederação Brasileira de Taekwondo. "Romário tem treinos especiais porque é especial, e dá resultado na hora do vamos ver. Procuro fazer o mesmo", diz ela, que tem duas conquistas mundiais no currículo. "Eu falava que ia disputar as Olimpíadas desde os 4 anos de idade. Sei que sou chata, mas essa determinação me levou a chegar aonde estou."

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A doce (e letal) Natália

Aurélio Miguel recebendo a medalha de ouro nas Olimpíadas de Seul, em 1988, a paranaense Natália Falavigna tinha apenas 4 anos. Diz ter ficado encantada com a imagem a que assistia na televisão e pensado: "Ainda ganho uma dessas". Anos depois, voltando da escola, perguntou à mãe: "Será que dá trabalho ser famosa como a Hortência do basquete?". Começava ali a paixão da menina pelo esporte - e, principalmente, por vitórias. Na infância, tentou natação, tênis, handebol, vôlei e basquete. Era boa, mas não o suficiente. Só encontrou o caminho para o pódio aos 14 anos, ao acompanhar uma amiga na aula de tae kwon do, em Londrina. Gostou. "A disciplina, os chutes e a plasticidade da luta me chamaram a atenção", diz. Na terceira aula experimental, o treinador Clóvis Aires disse a Natália que ela seria campeã mundial júnior em dois anos. Em 2000, exatos dois anos depois, ela venceu o mundial de sua categoria na Irlanda.
A lutadora de tae kwon do Natália Falavigna é uma das promessas do Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007. Aos 22 anos, ela coleciona vitórias pelo mundo. Sua última medalha de ouro foi em maio, no Campeonato Mundial Universitário, na Espanha. Desde os 16 anos, foram 13 pódios em 16 campeonatos internacionais. O mais importante foi o Mundial de abril de 2005, também na Espanha, quando ela derrubou a maior rival na categoria até 72 quilos, a inglesa Sarah Stevenson. "Natália tem 80% de chance de ser campeã dos jogos", afirma Marcelino Barros, vice-presidente técnico da Confederação Brasileira de Tae Kwon Do. "No país, não existem mais adversárias para ela."
No Pan, ela precisa ficar atenta às atletas da Venezuela, que têm tradição no esporte. Cuba, México, Estados Unidos e Canadá também têm competidoras perigosas. Para vencê-las, Natália conta com uma calorosa torcida: quase um terço dos 350 mil praticantes da arte marcial no Brasil são mulheres. Mas, no tatame, o trunfo da brasileira é o controle emocional. Natália mantém a concentração mesmo quando está perdendo. "Consigo ser centrada. É difícil me desestabilizar durante a luta", afirma. "Mesmo perdendo, ela tem um controle psicológico excepcional", diz Barros.
Em geral, os atletas iniciam no tae kwon do por volta dos 7 anos. Como só botou o pé no tatame aos 14, Natália tenta compensar com determinação. "Nunca acho que está bom", diz. "Não comecei cedo. Tenho de correr atrás do prejuízo." O técnico Fernando Madureira, que a acompanha desde agosto do ano passado, afirma que nos treinos ela rende mais que os homens. "Ela gosta de saber o que está fazendo e qual será o resultado", afirma. "Se mandar comer pedra porque melhora o rendimento, ela não pensa duas vezes."
Nos preparativos para o Pan, Natália aprimora a força física com musculação e circuitos. O objetivo é ganhar explosão e agilidade. "Estamos trabalhando uma variedade maior de golpes para surpreender", diz Barros. "Antes, numa giratória de ataque com a perna esquerda, por exemplo, ela não tinha muita força. Agora tem."
Há três anos, a grande promessa brasileira do tae kwon do quase desistiu. "Não tinha retorno financeiro. Muitas viagens foram meus pais que bancaram", diz. "Comecei a me perguntar se poderia viver do tae kwon do." Em 2001, a lei Agnelo/Piva determinou o repasse de 2% da arrecadação bruta de todas as loterias federais para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB). As confederações passaram a receber verbas, e os atletas uma - pequena - ajuda de custo. Uma atleta de elite, como Natália, treina cinco horas por dia, seis vezes por semana, e ganha em torno de R$ 1.300. Pouco para quem está no topo da carreira, mas o suficiente para mantê-la no esporte. Por sorte, Natália conta com um patrocinador. Também ganha um salário para representar São Caetano do Sul, em São Paulo, nos Jogos Abertos do Interior.
De dia, Natália derruba atletas no tatame. À noite, cursa o segundo ano da faculdade de Educação Física da Universidade do Norte do Paraná (Unopar), onde tem bolsa-atleta. Tempo para namorar, nenhum. Bem-humorada, ela diz que seu 1,79 metro, os músculos e as medalhas de tae kwon do impõem certo temor nos potenciais pretendentes. "Estou focada no lado profissional e bem sozinha", diz. "Mas quero encontrar alguém bacana."
Na casa em que mora com os pais e um dos irmãos, em Londrina, o tamanho não intimida. A temível Natália do tatame se transforma em Natynha. "Ela sempre foi muito amorosa e preocupada com a família", afirma a mãe da atleta, a odontopediatra Ana Maria Falavigna. Ela devolve o carinho. "Lá em casa todos gostam de esporte. Sempre tive o apoio e a torcida de meus pais e irmãos."
Tímida, só com estranhos. Entre os amigos é bem animada. "Ela nunca gostou de ficar parada e sempre arrastava todo mundo para nadar ou jogar alguma coisa no clube nos fins de semana", diz a amiga Aline Takaki, estudante de Jornalismo. Natália diz preferir o cinema às baladas. Adorou o último X-Men. Vaidosa, não sai de casa sem bijuterias. Mas bem discretas. Disciplinada, diz que só perde a linha por um suculento motivo: não resiste a um churrasco.
Natália afirma freqüentar a igreja evangélica todo domingo. Antes de entrar no tatame para o combate, gosta de ouvir música gospel. "Eu me sinto perto de Deus quando luto. Acredito que minha vida é um projeto dele", diz. O campeão olímpico Aurélio Miguel, com quem tudo começou, de ídolo virou fã. Sempre que ela consegue mais uma vitória, o ex-judoca lhe envia um telegrama de parabéns.
Matéria feita por Suzane Frutuoso para a revista "ÉPOCA"

domingo, 2 de setembro de 2007

Perfil - Um pouco mais de Natália Falavigna...

Nome Completo: Natália Falavigna Silva Modalidade: Taekwondo – categoria: acima de 67kg
Data de Nascimento: 9/1/1984
Residência: Londrina-PR
Cidade Natal: Maringá/PR
Altura: 1.79m
Peso: 70Kg
Clube em que joga: Madureira Taekwondo Clube.
Treinador: Fernando Madureira.
Sonho Profissional: ganhar uma olimpíada.
Ídolo: Guga, Ayrton Senna, Aurélio Miguel. Sem falar no meu pai e minha mãe. Conquistas: Campeã mundial de Junior 2000/ Terceira colocada no campeonato mundial – 2001/ Prata no mundial universitário – 2002/ Prata nas olimpíadas universitárias – 2003/ Campeã dos jogos Sul-Americanos – 2002/ Quarta colocada nas Olimpíadas de Atenas – 2004/ Campeã Mundial – 2005/ Pentacampeã Brasileira - 2001 a 2005/ Bronze no Mundial 2007/ Prata no PAN – 2007.
Melhor momento na carreira: tive vários momentos bons. O mais recente foi a medalha de ouro no mundial. Mas cada título é um momento especial.
Momento para esquecer: não esqueço de nada, pois os momentos difíceis servem para serem superados. Passei por uma fase ruim em 2003, fiquei muito abatida por causa de lesões, desanimei e pensei em largar o esporte.
Pais: Manuel e Ana Maria.
Irmãos: Paula e César.
Marido: solteira.
Hobby: cinema, tocar violão, sair com os amigos e praticar esportes.
Time: Corinthians.
Apelido: Nati.
Filme: Prova de Fogo.
Música: sou muito eclética.
Banda: Filhos do Homem, Hillsong United...
Cantor(a): Nenhum.
Comida: Churrasco.
Bebida: Água.
Ator: Brad Pitt.
Atriz: Jenifer Garnner.
Como começou no esporte? Sempre quis ser atleta. Jogava de tudo, principalmente handball, mas eu não via futuro nessa modalidade. Até que uma amiga me chamou para ver uma aula de taekwondo em uma academia do lado de casa. Comecei a treinar, e, em dois anos, consegui ser campeã mundial da categoria Junior. Desde então eu estou nesse esporte.
Quais as dificuldades que enfrenta na sua rotina de atleta profissional? Falta de incentivo. A gente vive com muito pouco, sem conforto. Também encontramos dificuldades pra viajar e tudo mais.
*A respeito de patrocínio e falta de incentivo, Natália deu uma entrevista logo após o PAN, contando os problemas para conseguir patrocínio já que, no momento, está sem patrocínio.

Perfil extraído do site http://www.mulheresquebrilham.com.br/ e complementado com informações de outras fontes.

domingo, 19 de agosto de 2007

"A bela fera"

Esse texto foi escolhido para representar nossa admiração pela Natália...e nada melhor do que esse texto para inaugurar esse blog... Foi retirado do blog do Sr. "BRIGUET" em 2005 fonte: http://briguet.tipos.com.br/arquivo/2005/12/15/a-bela-fera "A bela fera A lutadora Natália Falavigna acaba de ganhar o título de atleta do ano. Deveria ser também eleita a musa do ano. ***** Nestes tempos em que Deborah Secco, Débora Falabella, Adriane Galisteu, Vanessa Camargo, Preta Gil e outras campeãs da falta de graça arvoram-se em símbolos sexuais pátrios, Natália deixa todas as concorrentes na lona. E isso porque ela não concorre para sair na Caras ou nos programas de fofoca; não está nem um pouco preocupada com a fogueira das vaidades. O negócio dela é lutar taekwondo. E o faz muito bem: acaba de se tornar campeã mundial da categoria. ***** Daiane trupica, Deborah sussurra, Débora sorri para o JK, Adriane namora o cara do Corinthians, Vanessa sai na capa, Preta “polemiza” – e Natália derruba. Eu escolheria mil vezes Natália, se me fosse dado escolher. Que me desculpem minhas musas incontestáveis – Juliette Binoche, Natalie Portman e você, é claro –, mas Natália Falavigna acaba de entrar para o panteão. ***** A melhor atleta do país é dona de uma beleza marcante, natural e desprentensiosa. Seu melhor golpe é estar presente. Ela não tem a magreza famélica e doentia das top models; não é a falsa diva siliconada para quem a Glória Perez escreve papéis ridículos; não é a boa-moça delicadinha insossa como Débora Falabella; não é patroa da Ilha de Caras como Adriane Galhos Teus; é só Natália Falavigna – nascida em Maringá, moradora de Londrina, campeã do mundo. Ela é de categoria. ***** Lamento não saber escrever japonês ou chinês, pois seria preciso criar um ideograma para definir a harmonia entre qualidades contrárias personificada na lutadora de taekwondo. Como uma sonata de Beethoven, Natália combina delicadeza e força; violência e graça; beleza e poder. Seu talento é não-cartesiano; sua geometria é antieuclidiana; sua forma é um exagero do conteúdo. ***** Não consta que Scott Fitzgerald tenha praticado lutas marciais. Mas ele disse uma frase que se aplica perfeitamente à imagem de Natália Falavigna: “Uma mente privilegiada é aquela capaz de conviver simultaneamente com duas idéias contrárias”. Quando assistimos aos seus golpes, a contradição se instaura: um violento chute é também a expressão da beleza. Forte é Natália. Suave é Natália. ***** Mais do que atleta, Natália é uma artista privilegiada. As artes marciais ensinam a mente a controlar o corpo – Natália é uma praticante dessa filosofia, e o resultado, mais do que nos títulos, está em seu próprio ser: ela é a bela e a fera em uma só pessoa. " Esse texto enaltece a Natália em todos os sentidos...tanto como uma ótima atleta como uma pessoa bela por natureza!! Quase um paradoxo vivo...!! Mesmo sendo antigo, percebemos que ainda se encaixa a Natália perfeitamente suas palavras...